2011 foi um ano de finalização de ciclos. Depois de 5 anos de formada, finalmente fui trabalhar como jornalista. Tomei decisões importantes e decidi mudar de vida. Oportunidades incríveis apareceram. E não há dinheiro no mundo que pague acordar de manhã e ir trabalhar em algo que te dá prazer.
O que não me fazia bem ou feliz foi sendo tirado aos poucos de mim. E antes que pensem que eu me refiro a alguém, eu esclareço que se refere também a várias situações às quais me via presa. Às vezes, a melhor maneira de se encontrar é se perder. Achei que eu estivesse perdida, sem perspectiva e sem saída. E, graças a Deus eu estava errada.
Aprendi que às vezes é preciso estar sozinho para organizar o que passa aqui dentro. Para se conhecer melhor, para se reconhecer de novo. Os vários passeios em caixas no armário me fizeram lembrar quem eu sou. E parei de cantar que "eu não sou um bom lugar". A gente passa muito tempo olhando só pra fora, apontando só os defeitos dos outros e vivendo os sonhos alheios e não se lembra direito quem é.
Nesse ano tantas portas se fecharam, mas as janelas e os sorrisos de muita gente especial se escancararam pra mim. Desconheci tanta gente que pensei que conhecia, mas por outro lado descobri tanta gente nova, redescobri tanta gente antiga e por mais clichê que pareça percebi que amigo é amigo e fdp é fdp. :)
E como é bom descobrir que você tem a melhor família do mundo. Nada pessoal, amigos. Mas a minha é.
Enfim, 2011 foi um ano de preparação do solo. Afofei a terra, tirei algumas pragas, e já escolhi as sementes e a melhor hora de jogá-las na terra.
2012 promete ser ano de colheita.
E a maior lição que posso tirar de tudo isso se resume em uma frase do poeta Robert Frost: "In three words I can sum up everything I've learned about life. It goes on."*
Obrigada, 2011.
*tradução livre: Em 3 palavras eu consigo resumir tudo que aprendi com a vida. Ela segue adiante.
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