quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Para desvendar: as safadezas ocultas da nossa infância

Se tem uma coisa que ainda hoje me espanta são as indicações de faixa etária da programação da TV. Me parece tão inutil quanto usar garfo pra tomar sopa. Isso me faz pensar na infância que nós, crianças lindas e bacanas dos anos 80 e 90, tivemos.

Horas de Xuxa, apresentações do Polegar e Dominó no não menos educativo Viva a Noite, piadas atravessadas dos programas de humor da época, dançarinas seminuas do Silvio Santos e o que dizer das meninas de família do Programa do Bolinha? Banheira do Gugu (um visionário), Angélica cantando Vou de Taxi (presta bem atenção na letra), Armação Ilimitada com seu triângulo amoroso (a Zelda nem sabia de quem tava grávida!) e aquele monte de gente meio pelada meio vestida tomando banho de rio na novela Pantanal? E a gente ali, com a família assistindo...


Mas acredito mesmo, como citei acima, que Gugu foi o grande patrocinador das safadezas ocultas dos anos 80 e 90. Desde aquela prova da declaração de amor, que as pessoas tinham que montar o script de acordo com os objetos que ela ia pegando em uma caixa (e, meu amigo, saía cada coisa), o concurso da garota molhada que ficava tomando ducha enquanto os sertanejos se apresentavam, a passar pelos grupos de meninos que eu que todo mundo adorava e foram uma verdadeira febre pelo país.
No geral, eram meninos bonitinhos, limpinhos, arrumadinhos, com cara de bons moços, jeito de "eu escolhi esperar" e suas músicas eram sempre de amores impossíveis, meninas difíceis e injustiças amorosas. Mas nada de se enganar pela boa aparência deles... era só prestar atenção nas letras deles que... Ah lá, a safadeza oculta!




Cara de mau e umbiguinho de fora
E o que dizer do cinema? Um dos meus filmes favoritos de infância - me julguem - é Uma Escola Atrapalhada. Nele tinha toda a galerinha "legal" dos anos 90, Gugu (em todas, heim pintinho amarelinho?), Angelica, Polegar, Cristina Prochaska (se você lembrar, você é velho), Os Trapalhões (legais sempre!) e até o Selton Mello em um passado bem negro.

Mas o destaque fica pro protagonista do filme que fazia parzinho com a Angelica, ninguem mais ninguém menos que... Supla!

O amor dos dois era aquela coisa óbvia: o cara chato, a menina mala, os dois não se suportavam, eles competiam entre si, mas no final das contas você sabe o que os dois queriam. E, amigos, Supla não tava com safadeza oculta nesse clipe, ela estava ali e muito explícita.



E assim foi nossa infância... o que eu postei foi só aperitivo. Você acha que seria uma pessoa melhor se na nossa época tivesse faixa etária indicativa antes da programação???

2 comentários:

  1. Vc esqueceu de postar sobre os filmes de terror que passavam na sessão da tarde... Cine trash na Band com as 'vampiras' apresentando, lembra? Logo após o almoço. Todo mundo cresceu vendo terror qlqr hora e nem por isso são traumatizadas. Sou mto mais traumatizada pelo fofão do q pelos filmes haha...

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  2. Foi nossa formação de caráter hahahahhaa
    Digo que nós somos menos neuróticos que a próxima geração. Essa geração terá muito mais problemas psicológicos que nós, afinal eles não tem frustrações.

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